NITRO Histórias Visuais

Por trás de uma grande história

Por trás de uma grande história

Fotografe o Jubileu

Tradição bicentenária, o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é revisitado em projeto fotográfico.

 

Veja as histórias visuais do Fotografe o Jubileu

 

Há 238 anos, a pequena Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, se transforma com a chegada de milhares de romeiros para o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Considerado um dos mais longevos jubileus do Brasil, a tradição tem origem na antiguidade: remonta ao ano de 124, quando uma imagem de Jesus crucificado teria sido encontrada na praia de Matosinhos, em Portugal. Esculpida por Nicodemos, que assistiu à crucificação de Jesus, a imagem foi lançada ao mar para evitar perseguições religiosas. Desde então, criou-se, no seu entorno, uma forte devoção que se manifesta na cultura religiosa de diversos territórios, como o mineiro.

Essa história de fé ganhou novos contornos em 2018 e 2019, quando os moradores de Conceição do Mato Dentro usaram a fotografia para expressar seu fascínio pela celebração bicentenária. Por meio do projeto Fotografe o Jubileu, eles aprenderam técnicas fotográficas, documentaram a festa e exibiram as fotos em uma exposição que atraiu a atenção de milhares de visitantes.

Patrimônio imaterial

Para Isis de Sá Machado, analista de desempenho social da Anglo American, empresa que realizou o projeto, “o jubileu vai além de uma manifestação popular e religiosa: me atrevo a dizer que é o principal patrimônio imaterial da cidade. E o projeto foi uma oportunidade de trazer para os participantes um olhar mais aprofundado para as histórias lindas de fé, de gratidão, de reencontros e de diversão que só acontecem neste período. Foi uma conexão com o sentimento de identificação e pertencimento que trouxe novas experiências para quem já vive o jubileu.”

Leo Drumond, que conduziu as aulas de fotografia, conta que a oficina gerou um grande interesse da comunidade, principalmente entre os mais jovens. “As oficinas de fotografia têm um poder de fazer com que as pessoas se sintam incluídas, do ponto de vista tecnológico. Elas entendem a câmera como um artefato que permite contar histórias e capturar momentos, exerce um fascínio. Unir o poder da câmera ao encantamento da celebração foi uma experiência muito impactante – representou uma maneira nova de ver o que os moradores acreditam e vivenciam por meio da fé.”

A prática fotográfica

A mão na massa foi outro destaque: os alunos tiveram aulas teóricas, mas a prática gerou uma experiência sem igual. Isis conta que a técnica ensinada pela Nitro permitiu que os participantes enxergassem com um olhar mais aprofundado o que é o jubileu. “Eles viram ‘mais de perto’ a fé, ouviram histórias dos romeiros, conversaram com comerciantes, dividiram entre eles experiências. Os registros demonstram essa conexão profunda que foi criada. Foram imagens lindas que a igreja e o município receberam desse projeto. Muitos participantes relataram que após a experiência passaram a vivenciar o jubileu de forma mais intensa.”

Segundo Leo Drumond, a Nitro acredita muito em processos educativos com criação prática de conteúdo. “No primeiro ano fizemos a oficina, fotografamos o jubileu. Em 2019 retornamos com a exposição. Esse ciclo foi muito potente, fortalecemos quem fotografou, fortalecemos as pessoas fotografadas e o evento como um todo.”

O valor histórico do documento

Como normalmente ocorre nos jubileus, a parte religiosa se dilui na parte festiva, mas neste projeto os alunos voltaram o olhar para as relações de fé. Por isso, faria todo sentido exibir as fotografias o mais próximo possível do Santuário do Bom Jesus. “Não foi fácil convencer o padre, mas conseguimos sua permissão e a exposição foi montada ao lado do santuário, o que fez toda a diferença. Muita gente viu as fotos, todo mundo adorou, as pessoas se identificavam ao se ver, ao ver seus amigos. Os moradores costumam fotografar o jubileu com o celular, porém, ao ver aquela memória em uma exposição bonita, sensível, autêntica, reconheceram o valor histórico de documentar uma tradição centenária”, sublinha Drumond.

Veja as histórias visuais do Fotografe o Jubileu

 

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